05 maio 2010

Turismo cultural e religioso vai ser produto estratégico nacional

O secretário de Estado do Turismo anunciou hoje que o “touring cultural e paisagístico”, um dos produtos do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), vai ganhar a designação de “turismo cultural e religioso”, responsável por receitas anuais de 700 milhões de euros.

“Estou em condições de informar que proporemos à comissão de reavaliação [do PENT], onde o Turismo de Portugal tem um papel de liderança, que o turismo cultural e religioso passe a ser um dos dez produtos estratégicos”, disse Bernardo Trindade, em Ourém, onde participou na cerimónia de assinatura de dois protocolos de financiamento para beneficiar infra-estruturas da cidade de Fátima, que na próxima semana recebe a visita do Papa.

O governante explicou que os dez produtos se vão manter, havendo uma “redefinição” no produto “touring cultural e paisagístico”, mostrando-se esperançado que a comissão que está a rever o PENT “acolha rapidamente” a sugestão.

Bernardo Trindade admitiu que esta era uma matéria que “preocupava nomeadamente a população do concelho de Ourém” e, em particular, “toda a sua comunidade religiosa”.

Questionado se a medida revela um recuo do Governo face ao plano em vigor, o responsável rejeitou esta hipótese, lembrando que o turismo religioso estava integrado “num quadro mais alargado do turismo cultural”. Por outro lado, apontou o apoio do Governo a “um conjunto variadíssimo de iniciativas” no sentido de valorizar o turismo religioso. “Há, se quiserem, uma clarificação que me parece importante, sobretudo para perspectivar o turismo nos próximos anos”, referiu Bernardo Trindade.

Na cerimónia, o responsável afirmou que a revisão do PENT - “o primeiro plano transversal na indústria do turismo que vinculava a administração pública e a iniciativa privada” - visa “adequá-lo às novas dinâmicas” depois de “olhar para o território para perceber” se as apostas do PENT se mantêm válidas.

Falando de Fátima, o governante declarou que “as suas implicações em termos turísticos são de todos conhecidos”, apontando dados do santuário que dão conta que todos os anos a cidade é visitada por cinco a seis milhões de peregrinos oriundos de centenas de países.

“É uma forma importantíssima e incontornável de comunicar a nossa realidade neste produto turístico importante como é o turismo religioso”, declarou, desafiando os presentes a aproveitar a visita de Bento XVI ao país, de 11 a 14 de Maio, para “cada vez mais comunicar Portugal”.

O secretário-geral da Confederação do Turismo Português, Jorge Aníbal Catarino, também defende que o turismo religioso seja considerado produto estratégico na revisão do PENT, sublinhando que o este tipo de turismo é responsável por receitas anuais de 700 milhões de euros.

O dirigente da Confederação do Turismo Português, que se associou à visita papal, sublinha que a “deslocação do Papa Bento XVI a Portugal reveste-se de importante significado na divulgação da imagem de Portugal e dos destinos turísticos de Lisboa, Porto e Fátima”.

Fonte:http://economia.publico.pt

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