05 maio 2010

Vinho rosé de Abrantes foi considerado o melhor do mundo

O vinho Casal da Coelheira Rosé 2009 foi considerado o melhor vinho rosé do mundo na edição deste ano do Concurso Mundial de Bruxelas, na Bélgica, recebendo o “Best Wine Trophy”.

Perante 275 provadores oriundos de 40 países, que apreciaram e votaram nos 6964 vinhos e espirituosos a concurso, este vinho rosé produzido em Tramagal, Abrantes, em 64 hectares de vinhas plantadas à beira Tejo, obteve ainda uma das seis “Grande Médaille d’Or”, atribuídas no certame, fazendo parte do restrito lote de “melhor resultado absoluto” registado em cada uma das categorias.

Nuno Rodrigues, proprietário e enólogo da Quinta Casal da Coelheira, disse à agência Lusa ter sido com “surpresa, orgulho e euforia” que recebeu a notícia, tendo acrescentado que este prémio, “do conjunto de prémios e reconhecimentos internacionais, é o melhor alguma vez alcançado”.

“Diria mesmo que, na carreira de um bom enólogo e pelo prestígio do certame, este é o acontecimento de uma vida”, afirmou Nuno Rodrigues, que ainda viu o seu Mythos tinto 2007 ser galardoado com uma medalha de prata.

“O segredo do sucesso”, conta, “está na polivalência e na boa conjugação entre solo e clima ambiental, que permite alcançar bons resultados em vários tipos de vinhos.

“A diferença entre um vinho bom e muito bom”, disse o enólogo, “está na vinha, com a atenção e dedicação de toda uma equipa de colaboradores, permanentes e sazonais, e no trabalho dos enólogos, que depois potenciam as mais valias da uva, como foi o caso da excepcional qualidade registada em 2009 e que permitiu agora alcançar este feito em Bruxelas”.

Desde o seu início, em 1994, o Concurso Mundial de Bruxelas tem-se afirmado como ” O Concurso Mundial”, unicamente constituído pelos melhores profissionais internacionais do vinho e reunindo hoje cerca de 7000 produtos dos quatro continentes, representando mais de 500 milhões de garrafas comercializadas.

Feito a partir das castas Touriga Nacional e Syrah, este rosé “sai do conceito leve e refrescante do rosé tradicional”, disse à Lusa Duarte Lopes, que completa a equipa de enólogos da Quinta Casal da Coelheira, acrescentando que este rosé apresenta “mais volume e estrutura, um teor de álcool equivalente aos vinhos tintos (13,5ºC) e uma graduação de açúcar mais elevado do que o habitual”.

“É uma fórmula que confere outro volume e estrutura ao vinho rosé e que se apresenta com uma abordagem muito atractiva ao paladar, pelas frutas e aromas, devendo ser servido entre os 8ºC e os 10ºC”.

“Por ser um vinho fresco, jovem e elegante, pode ser apreciado como aperitivo ou a acompanhar iguarias leves, como marisco, peixes, carnes brancas ou saladas”, acrescentou o enólogo.

Com 8 profissionais a tempo inteiro, no campo e na adega, a Quinta Casal da Coelheira apresenta um volume de facturação anual na ordem dos 900 mil euros, produzindo vinhos tintos, brancos e roses para o mercado nacional e para países como Brasil e Canadá, Angola, Alemanha, Polónia, Espanha, Luxemburgo, Reino Unido, Suíça e Holanda, entre outros.

Fonte: http://www.oribatejo.pt

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