23 maio 2010

Hotel do século XIX foi recuperado e abre dentro de dois meses, nas Caldas da Rainha

O histórico Hotel Lisbonense, das Caldas da Rainha, ligado ao termalismo desde os finais do século XIX e que esteve décadas ao abandono, deverá abrir ao público dentro de dois meses, após um investimento de sete milhões de euros.

“O hotel está concluído em termos de construção civil e falta apenas a parte de decoração e obtenção de licenças para poder abrir ao público no máximo dentro de dois meses”, disse à Lusa Paulo Vaz Ferreira, administrador do Grupo FDO e proprietário do hotel.

Construído em 1870, o Hotel Lisbonense tem uma história ligada ao termalismo, já que era o local onde o rei D. Carlos I e a Família Real permaneciam quando iam a banhos às Termas das Caldas da Rainha.

A unidade hoteleira entrou em declínio na década de 70 do século XX, tendo chegado a receber cidadãos das ex-colónias e foi depois deixado ao abandono durante várias décadas.

Após tentativas de recuperação que nunca chegaram a ser efetivadas, o grupo FDO apresentou um projeto para a construção de um centro comercial e a autarquia condicionou a aprovação à recuperação do antigo hotel, com a condição de ser mantida a fachada original.

A recuperação do hotel envolveu um investimento de sete milhões de euros para a construção de uma unidade com 88 quartos, dos quais oito são suites.

Um restaurante, esplanadas abertas à população e um SPA termal completarão a oferta do hotel de quatro estrelas localizado numa das principais
entradas da cidade e com vista para o parque D. Carlos I (jardim localizado junto ao hospital termal e também fundado no período áureo do termalismo naquela cidade).

“Esperamos que a entidade que tutela as águas nos possa conceder água termal, porque o hotel está completamente preparado o SPA e para ter todos os equipamentos termais” acrescentou Paulo Ferreira.

O administrador aguarda a formalização do contrato para anunciar a quem será concessionada a exploração do hotel.

A concessão ou não de águas termais para o SPA, que aguarda decisão da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (que tutela o hospital Termal) não é, segundo Paulo Ferreira, “determinante para a concessão” mas será “um fator diferenciador brutal”.
“A taxa de ocupação do hotel será completamente diferente se o hotel tiver água termal” sublinhou.

A recuperação do hotel ficou marcada, em julho de 2008, pela derrocada da fachada provocando um ferido grave, o que obrigou a que só tivessem sido mantidas as originais fachadas norte e sul.

O hotel deverá criar cerca de 80 novos postos de trabalho.

Fonte: Lusa/Jornal i 

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