07 abril 2010

Museu de Arte Popular reabre a 18 de Maio

O MAP estará aberto ao público para as comemorações do centenário da República (Enric Vives Rubio)
O Museu de Arte Popular, em Lisboa, vai reabrir para visitas guiadas e actividades pedagógicas no dia 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, revelou hoje à Lusa a directora do espaço, que se encontra encerrado e que esteve em risco de acabar.
“A partir de dia 18 de Maio vamos fazer visitas guiadas e outras actividades de animação, como oficinas pedagógicas em parceria com outros museus”, disse Andreia Galvão no final de uma visita de deputados da Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura ao espaço situado em Belém.

Os deputados estiveram durante toda a manhã de hoje em visita ao Museu Nacional dos Coches, ao Museu Nacional de Arqueologia e ao Museu de Arte Popular, onde foram recebidos pelos respectivos directores para conhecer a situação destes espaços museológicos.



“As parcerias e o trabalho em rede são fundamentais nos dias de hoje”, sustentou a responsável, sem adiantar quais os museus que estarão envolvidos, mas, para já, a entidade vai trabalhar com as Regiões de Turismo do país.

Fundado em 1948, oito anos após a Exposição do Mundo Português, para a qual o edifício foi criado, o Museu de Arte Popular - com um acervo que ascende a cerca de 15 mil peças de actividades artesanais populares de várias áreas, desde cerâmica, brinquedos a cestaria - manteve-se encerrado desde 1999.

Ainda sob a tutela da então ministra da Cultura Isabel Pires de Lima, esteve para ser transformado em Museu da Língua, mas o actual Ministério da Cultura, depois de uma grande movimento cívico a favor da preservação do simbólico espaço, decidiu manter a finalidade original de albergar a arte popular do país.

Andreia Galvão disse ainda que o programa do museu está actualmente em preparação, ao mesmo tempo que está a ser estudado e recuperado o enorme acervo que se encontra depositado no Museu Nacional de Etnologia.

“Queremos estabelecer pontes entre o passado e a contemporaneidade. Este museu foi sempre o cerne de uma dicotomia entre a tradição e a modernidade”, observou a responsável, comentando que actualmente “há uma atenção especial para o ‘folk’, o popular”.

A directora acredita que será possível fazer visitas guiadas e realizar actividades pedagógicas ao mesmo tempo que decorrem obras de remodelação do edifício, que, neste momento, está a receber um tratamento de restauros das pinturas das paredes interiores.

Ex-vice-directora do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR), Andreia Galvão deverá reabrir o novo projecto museológico para o Museu em Outubro de 2010, no âmbito das comemorações do Centenário da República.

Fonte:Publico 

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